terça-feira, 5 de maio de 2009

Estados do Nordeste tentam organizar campanha para vítimas das chuvas Segundo defesas civis, não há ação nacional para arrecadar donativos. Afetados


Ao contrário do que ocorreu em Santa Catarina em novembro de 2008, quando a Defesa Civil estadual se organizou para receber doações de mantimentos, roupas e até dinheiro para vítimas das chuvas, os atingidos pelas enchentes no Maranhão, no Ceará e no Piauí estão desamparados.


As defesas civis do Maranhão, do Piauí e do Ceará informaram ao G1 que não estão realizando nenhuma campanha nacional para arrecadar donativos. A maior parte das doações para vítimas é feita pela Defesa Civil nacional, em Brasília. Segundo a assessoria do órgão, kits com alimentos, produtos de higiene e colchões são enviados quando há solicitação do estado.

Mais de 130 mil pessoas estão sofrendo as consequências das enchentes no Maranhão. O secretário-executivo da Defesa Civil do Maranhão, Carlos Robério dos Santos, afirmou que está negociando com a Defesa Civil de São Paulo para realizar uma campanha. “Estamos recebendo os kits da Defesa Civil nacional e vamos tentar fazer uma campanha em São Paulo, mas ainda não foi definida uma data para o início das ações. Por enquanto, não temos doações de pessoas de fora do estado”, disse.


Julio Cezar Cruz, agente da Defesa Civil no Maranhão, ressalta que não há locais para armazenamento adequado e falta logística para transporte. “Por enquanto, não temos estrutura e nem uma conta bancária para doações em dinheiro. As pessoas poderiam enviar pelo Correio, mas não é prático”, disse.


O diretor da unidade da Defesa Civil do Piauí, Jorgenei Moraes, afirmou que o órgão está tentando realizar uma campanha junto com os Correios. Ele afirma que algumas reuniões já foram marcadas, mas não há nada concreto. “Estamos tentando fazer uma parceria, porque os Correios têm logística muito boa para o transporte dos donativos. Outros parceiros que também puderem nos ajudar com campanhas podem nos procurar”, afirmou.


Segundo dados da Defesa Civil do estado, 21 cidades estão em situação de emergência no Piauí, com 7.220 famílias afetadas, o que equivale a cerca de 36.100 pessoas. A Defesa Civil em Teresina está recebendo donativos de moradores da cidade. Esse material é encaminhado para vítimas das enchentes no interior do estado.


Já no Ceará, 55 municípios foram atingidos pelas chuvas. Seis pessoas já morreram em decorrência das enchentes.


Ioneide Araujo, assessora técnica da Defesa Civil no Ceará, afirmou que não está sendo realizada nenhuma campanha fora do estado para arrecadação de donativos. “Mas se alguma instituição puder ajudar, nós estamos abertos para receber doações principalmente de alimentos não perecíveis e água potável”, disse.

Segundo o coronel João Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros do Ceará, há uma mobilização dentro do estado para arrecadar donativos. Além dos quartéis dos bombeiros, há postos em eventos culturais para recebimento de mantimentos e roupas. Em alguns casos, empresas privadas juntam uma certa quantidade de objetos e chamam a Defesa Civil para fazer a doação.


http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1108966-5598,00-CHUVA+ALAGA+CIDADES+E+DESTROI+ESTRADAS+NO+NORDESTE.html

O que é desenvolvimento sustentável?


A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível. Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes. Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.


www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/

Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades. Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.

Conta-se que Mahatma Gandhi, ao ser perguntado se, depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida britânico, teria respondido: "...a Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do planeta para alcançar sua prosperidade; quantos planetas não seriam necessários para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?"

A sabedoria de Gandhi indicava que os modelos de desenvolvimento precisam mudar. Os estilos de vida das nações ricas e a economia mundial devem ser reestruturados para levar em consideração o meio ambiente.